Visual


Tecnologia a serviço da inclusão de 

deficientes visuais na escola


Softwares especializados facilitam o aprendizado de estudantes cegos



globo educação: tecnologia, softwares a serviço da inclusão dos deficientes visuais (Foto: Divulgação)José Franciso (na foto à esquerda), capacita
alunos do IBC (Foto: Divulgação)
Segundo dados do Censo Escolar 2008/2009, feito pelo Inep/MEC, mais de 55 mil alunos têm deficiência visual no país. Desse total, 51.311 são os chamados estudantes com baixa visão e 4.604 são cegos. Para estudar, seja na escola regular ou na escola especial, eles contam com um grande aliado: a informática. São softwares desenvolvidos justamente para atender à realidade desse público, o que facilita e muito o aprendizado e a inclusão desses alunos. Para José Francisco Souza, técnico em assuntos educacionais do Instituto Benjamin Constant (IBC) - referência no país em educação de deficientes visuais -, o acesso a esses programas é fundamental para que a pessoa possa interagir melhor com a sociedade e o mundo que a cerca: “Tenho 60 anos e na época em que fui alfabetizado, não tínhamos esses recursos. Hoje as coisas estão mais fáceis. Porém, essa facilidade não pode fazer com que a gente se acomode. É preciso continuar indo além, testar nossos limites, nos superar.”
A informática adaptada para o deficiente visual tem três tipos de programas: os leitores de tela, os ampliadores de tela e os digitalizadores de texto. Os leitores, como o próprio nome sugere, lêem tudo o que está na tela do computador, seja texto, Access, Power point, linguagem de programação, e-mail, MSN, etc. Por isso, são ideais para os cegos totais. Os ampliadores são bons para os chamados baixa visão. Como o programa amplia os ícones, as imagens, as letras e cria contrastes, facilita a leitura de quem tem a patologia da baixa visão, ou seja, não é totalmente cego. Já os digitalizadores transformam textos em sons. “Todos são muito bons mas cada um atende a uma realidade específica. E um complementa o outro. Por isso, é comum usarmos mais de um programa. Eu por exemplo, gosto muito do DOSVOX e do NVDA.”
Os dois programas citados por Francisco são free, ou seja, podem ser baixados gratuitamente pela internet. O DOSVOX, inclusive, foi desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NCE/UFRJ). Outros muito bons citados por ele são o JAWS e o Virtual Vision, mas têm o inconveniente de serem pagos. São todos leitores. Na linha de ampliadores, existem o Magic e o ZoomText, também pagos. Já o Openbook é um digitalizador de texto.
Em Salvador, Adriana Garcia Rocha, de 39 anos, conhece bem esses programas. Aos 20 anos perdeu a visão e nem por isso parou de estudar. Procurou o Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) e deu prosseguimento à sua formação. Hoje é professora de História, com pós em Cultura Afro-Brasileira. “O DOSVOX e o JAWS foram fundamentais para o acompanhamento dos conteúdos em sala de aula. Não sei o que seria da minha vida sem o acesso à informática que tive e tenho a partir desses softwares. Conquistamos mais autonomia e independência com eles.”
Política pública
O Ministério da Educação desenvolve, em parceria com os Estados, Municípios e o Distrito Federal, o Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais e o Projeto Livro Acessível para alunos com deficiência visual. Essas ações têm como objetivo a promoção da acessibilidade aos alunos da Educação Especial no ensino regular. Dessa forma, o MEC disponibiliza materiais didáticos e pedagógicos, equipamentos, mobiliários e laptops para comporem as Salas de Recursos Multifuncionais com o objetivo de apoiar a organização da oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE), complementar à escolarização nas escolas da rede pública e laptops aos alunos com cegueira matriculados no fim do ensino fundamental, no ensino médio, na EJA e na Educação Profissional, como recurso de acessibilidade ao livro e à leitura. Os laptops destinados aos alunos com cegueira são disponibilizados justamente com o sistema DosVox e se destinam ao uso individual em sala de aula e demais atividades educacionais, podendo ser utilizados em domicílio, mediante assinatura de termo de responsabilidade, conforme critério estabelecido pela direção da escola.


16/07/2011 06h16 - Atualizado em 16/07/2011 06h28







NCE/UFRJPROJETO DOSVOX








                                 Homem e computador: amigos

Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vem nos últimos anos se dedicando à criação de um sistema de computação destinado a atender aos deficientes visuais. O sistema operacional DOSVOX permite que pessoas cegas utilizem um microcomputador comum (PC) para desempenhar uma série de tarefas, adquirindo assim um nível alto de independência no estudo e no trabalho.



Continue a leitura, e conheça melhor o programa no link: http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/


Se gostou faça o download no link, abaixo.
http://www.baixaki.com.br/download/dosvox.htm



Tecnologia especial possibilita que deficientes visuais dirijamHomem cego pilota automóvel na Daytona International Speedway.
Mark Riccobono utilizando as luvas e o carro desenvolvidos pela Virginia Tech
Fonte da imagem: divulgação/NY Daily News

Uma nova tecnologia desenvolvida pela Virginia Tech, promete uma
maneira viável para que os deficientes visuais possam dirigir automóveis 
no cotidiano. A novidade foi experimentada por Mark Riccobono, um 
executivo da NFB (Federação Nacional para Cegos), o qual teve a
oportunidade de pilotar um automóvel no circuito Daytona International 
Speedway.
A tecnologia é a combinação entre uma adaptação em um carro comum
e a criação de luvas especiais (que fornecem respostas táteis) para que 
os deficientes visuais possam ter uma maneira diferente de dirigir. Com 
seis anos de investimento em pesquisa em desenvolvimento, a equipe da 
Virginia Tech finalmente conseguiu algo útil para experiências iniciais.
Durante o teste na Daytona International Speedway, Mark Riccobono 
pôde desviar de obstáculos estáticos e em movimento – os quais foram 
lançados de uma van. Apesar de a experiência surtir resultados positivos, 
a NFB afirma que a tecnologia ainda não está pronta para utilização 
no cotidiano.
A criação desta nova tecnologia é um resultado da competição Blind 
Driver Challenge (Desafio de Motoristas Cegos) proposta pela NFB. 
A novidade ainda não tem um nome definido e não há previsão de 
disponibilidade para o consumidor final ou nem mesmo se a legislação 
vai aprovar esse tipo de acessório para os deficientes visuais.






OMS informa que falta de Vitamina D e E pode causar cegueira 

12.08.2011




A organização Mundial da Saúde (OMS) informou que a falta de vitaminas D e E pode ser responsáveis pelo aumento degeneração macular – a perda da visão no centro do campo visual – principalmente em idosos. Sendo a degeneração macular, a maior causa de cegueira definitiva no mundo. As vitaminas exercem funções diferentes que protegem os olhos contra a degeneração macular. A vitamina E é um antioxidante que não permite que as células da mácula sejam destruídas. A vitamina D é responsável pela circulação sanguínea, e por isso é necessária para que o oxigênio seja levado até a retina. O tratamento da degeneração macular é feito com laser e consegue impedir a progressão da doença em 90% dos casos. Para a prevenção da doença é recomenda-se uma dieta equilibrada.



Fonte: Diário Digital PT

http://www.portaluniversidade.com.br/noticias-ler/oms-informa-que-falta-de-vitamina-
d-e-e-pode-causar-cegueira/3041